Durante o mês de setembro, conhecido como Setembro Amarelo, são intensificadas as ações de conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. O movimento, criado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), busca ampliar o diálogo, combater estigmas e estimular atitudes de acolhimento e cuidado.
A depressão, uma das doenças mais comuns e também uma das principais causas de suicídio, atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo e cerca de 11,3% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Reconhecer seus sinais e buscar ajuda profissional são passos fundamentais para salvar vidas.
O que é depressão?
A depressão é caracterizada por alterações persistentes no humor, como tristeza profunda, ansiedade, vazio, desesperança e desânimo. Para ser considerada um transtorno depressivo, os sintomas precisam durar por mais de duas semanas.
Entre os sintomas mais comuns estão:
Humor depressivo, autodesvalorização e sentimento de culpa;
Falta de energia, cansaço excessivo e dificuldades de concentração;
Insônia ou sonolência excessiva;
Alterações no apetite (para mais ou para menos);
Redução do interesse sexual;
Dores físicas sem causa aparente.
Os episódios podem variar de leves a graves e comprometer desde a rotina diária até a capacidade de trabalho, relações sociais e qualidade de vida. Fatores de risco para a depressão
A doença pode surgir por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e sociais. Entre eles:
Histórico familiar;
Transtornos psiquiátricos associados;
Estresse crônico e traumas psicológicos;
Dependência de álcool e drogas;
Doenças crônicas (cardíacas, neurológicas, endocrinológicas, entre outras);
Mudanças bruscas de condições financeiras e desemprego;
Conflitos conjugais ou luto.
Sinais de alerta para o suicídio
Alguns comportamentos devem acender um sinal de atenção:
Mudanças de comportamento persistentes;
Falas ou escritos sobre morte e desesperança;
Isolamento social;
Desinteresse por atividades antes prazerosas;
Expressões diretas de intenção suicida, como “Queria dormir e nunca mais acordar”.
Esses sinais não devem ser ignorados. A escuta empática e o acolhimento imediato podem fazer a diferença.
Existe tratamento para a depressão?
Sim. O tratamento pode incluir psicoterapia, medicação antidepressiva e acompanhamento médico especializado. Casos leves podem ser tratados com abordagens psicossociais, enquanto episódios moderados ou graves geralmente exigem uso de medicamentos aliados à psicoterapia.
É importante ressaltar que cada pessoa reage de forma diferente e o acompanhamento profissional é indispensável para indicar o tratamento mais adequado.
Cuidados para manter a saúde mental
O cuidado com a saúde emocional deve ser constante. Algumas atitudes ajudam na prevenção e no controle da depressão:
Praticar atividades físicas regularmente;
Manter uma alimentação equilibrada;
Dormir bem e manter rotina de sono;
Reduzir o consumo de álcool, cafeína e evitar drogas ilícitas;
Praticar atividades prazerosas para reduzir o estresse;
Não interromper tratamentos sem orientação médica.
Setembro Amarelo é o começo, não o fim
Embora o mês de setembro seja o marco das ações de conscientização, a prevenção ao suicídio e o cuidado com a saúde mental precisam ser contínuos. O suicídio é um fenômeno complexo, que pode atingir pessoas de todas as idades e realidades sociais. Falar sobre isso de forma responsável é essencial para quebrar estigmas e salvar vidas.
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