Possível prisão de Bolsonaro até outubro é vista como provável por aliados e juristas
De acordo com a avaliação de advogados que representam réus investigados por tentativa de golpe de Estado — além de figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — a detenção do ex-mandatário pode ocorrer até outubro deste ano. A previsão se baseia na agilidade do processo conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, conforme apuração da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Os defensores analisam que o processo avança conforme o cronograma estipulado pelo STF. Na última terça-feira (10), foram encerrados os depoimentos dos oito investigados tidos como o núcleo central da suposta conspiração. Em seguida, foi iniciado o prazo de cinco dias para que as defesas solicitem diligências adicionais. Embora esses pedidos devam ser feitos, os advogados acreditam que Moraes manterá a postura de rejeitá-los.
Depois dessa etapa, o ministro deve conceder 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente seu parecer final, cuja expectativa é de que reforce o pedido de condenação do ex-presidente. Na sequência, será a vez do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator, se manifestar, assim como a defesa de Bolsonaro, que tentará sua absolvição.
Segundo estimativas de juristas ligados ao caso, essa fase deve ser concluída entre julho e agosto. Embora a lei não determine um prazo exato para o relator apresentar seu parecer, a expectativa é de que Moraes o faça ainda em agosto, possibilitando o agendamento do julgamento logo depois.
Caso Bolsonaro seja condenado, especialistas afirmam que ele ainda poderá entrar com embargos em setembro, mas avaliam que esse recurso deve ser negado. Com isso, sua prisão poderia ser decretada até outubro, após o encerramento de todas as etapas jurídicas.
Nos bastidores, essa possibilidade já é tratada com realismo por aliados e familiares do ex-presidente, que se preparam para um possível desfecho desfavorável ainda em 2025.
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